quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A ele, a ti, a nós ou a mim mesmo


Sinto pulsar - 
Mas por que pulsa?
Sinto pausar - 
Mas por que a repulsa?

Um passo para trás e vou de encontro ao abismo,
Um passo para frente e o medo do desconhecido,
Para os lados, espinhos por todos os lados,
Onde o mundo começa, o mundo termina - 
Mas por que a destruição, rapaz?
Por que não buscas em ti mesmo tua paz? - 
Ora, soubesse eu quem seria ou queria ser,
Talvez na inquietação de algo a se romper,
Um caos que desnorteia e me faz esquecer
Daquilo tudo que antes girava o mundo
E me tirava do chão por segundos.

Voar - qual o sentido de voar?
Para que asas, se não és capaz de te guiar? -
Não! Quero distância de ti! - 
Não digas isto, tu fazes parte de mim. - 
Parte indecisa e destruidora!
Torna ao teu mundo, torna ao submundo,
Que vens a fazer aqui? Tua aura não me é acolhedora!

-Deixar-te, deixar-te ou não deixar-te?
Ora, torturam-te meus pensamentos?
Tortura-te saber que os meus são também teus?
Deixar-te-ei, porém, com a promessa de regresso,
Ainda hei de ver teu riso ao perceber o meu retrocesso.
-Progresso, o que é o progresso?
O que é viver quando há uma sombra a te perseguir?
O que é a paz quando eles vivem a me perseguir?
Quem são eles? -Somos quem somos.
Somos aqueles que por ti já fomos.

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