sexta-feira, 21 de junho de 2013

As ruas da poesia

Folhas caem, e o que mais poderia eu dizer?
Folhas caem, e eu não sou capaz de impedir o tempo de escorrer.
As areias luminosas esvoaçam pelo vento,
E em nuvens de poeira me pegam desatento,
E ao olhar para trás...
Somente um vazio.
Somente aquilo que sobra após o caos,
Escombros de um mundo pueril.
Ora, mas que dimensão maravilhosa toma a vida!
Que curva majestosa a que ela contorna decidida!
E quem sabe, em cada esquina dessa vasta imensidão que temos por mundo
Possa encontrar aqueles jardins que outrora cultivei nos meus mais belos sonhos
E entre cores e flores voava meu pensamento, soturno
Nadando nas águas claras de um rio de pureza,
E que fique claro que tenho a mais tenra certeza
Que um mapa hei de traçar
E cada canto desse mundo de poesia desvendar
E serei então viajante eterno da essência de meu existir,
Afinal, o perfume daquelas rosas em mim ainda pode resistir.

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