quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dama de meus dias

Que seria da vida sem monotonia?
Que seria, sem o cinza, de meus dias?
Um vazio que gera vazio
Um mais vazio que gera devaneio.
Guardo nas gavetas de minha mente,
No mais profundo sono, debilmente,
Aquelas fotografias frias,
Retratando a superada melancolia,
Melancolia dos distantes dias
Em que sem perceber, no mínimo som
Dançava nos salões da poesia
Um coração que das trevas fugia
(Mas ora, como fugir da sombra
Se do sol você se esconde?)
Agora procuro-te
Apesar de não saber por onde
Agora imploro-te por aquelas asas,
Pois encontro-me embriagado
Vagando pelas ruas da realidade,
Como que deixado de lado por crueldade
(Talvez uma crueldade de mim mesmo,
Afinal, joguei minhas asas a esmo)
E então, onde anda, deusa primordial
Imortal, celestial, angelical,
Me leve a um passeio mental,
Ou a um simples estado sentimental
Onde pudesse encontrar-te e pedir-te perdão,
Bela dama, inspiração.


-Marcos

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