sábado, 8 de junho de 2013

Uma flor em meio ao fogo


Diz-me se há saída,
Se no fim dessa dolorosa tormenta
Há algo que se chame de "vida",
Se no escuro do inferno
Uma luz acalenta
E nos chama, sedenta
Clamando por algo que em meio ao caos
Não tem-se conhecimento atento

Nos tempos de insano desalento
Possa chamar-se de paz


Que me resta, senão torcer-me compulsivamente
A fim de escapar desta fera

Que aos poucos devora as faculdades de minha mente
E em instantes toma-me por completo
A ponto de nem mesmo uma imagem refletida
Ser retrato fiel desta alma contida
E perseguida por tamanha escuridão


Onde estaria o brilho incomum das estrelas infinitas
Que outrora via-se em aura, incontidas
A encandear a morbidez da vida
Fugindo nas asas da noite descrita
Para onde jamais chegaria nossa vista

Onde encontrar o sentido dessa explosão
Ou somente algo que conforte o coração
Quem sabe pelo menos o que se conhece por "paixão"
Para que ileso possa escapar dessa confusão?

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